08/07/2015



UM TRABALHO NA 4º DIMENSÃO


Aproximava-se do meio-dia e estava  quente. Muito quente mesmo!  O termômetro marcava 32º centígrados. Dir-se-ia que, em pouquíssimo tempo, teríamos uma precipitação pluviométrica, muito intensa. De nos causar medo!
Face a esta conjuntura, apressei-me para não me atrasar. A reunião para a qual eu estaria indo, teria início às 14:00h. Se chovesse, não gostaria de chegar atrasado,.
Segui!  Em chegando lá, duas companheiras de trabalho já haviam chegado e não havia mais o que fazer.  Tudo estava devidamente arrumado.  Todas as coisas estavam nos seus devidos lugares. Sala impecável!  Era assim que eles pediam!
Sentei-me numa das cadeiras da sala e entrei em relax. Em poucos instantes adormeci.
Não sei precisar quanto tempo levei para entrar em sono reparador!
De repente, me vi desperto na 4ª dimensão. Na 3ª, cheguei a ver: Milla, Tatiana, Marlene (a coordenadora) e Marilene.  Essa, seria a equipe de médiuns que promoveria  a sessão de aplicação de passes. Eu, tão somente , ministraria a emissão das energias magnéticas, meramente somáticas e os demais, trabalhariam no amálgama das forças do corpo e das forças do espírito. Assim, meu objetivo era harmonizar o ambiente astral que  vinha  conseguindo.
Ali, o silêncio parecia ser ouvido. Era o que o momento pedia, pois se desejasse articular um trabalho específico com os seres em desdobramento corporal, como nós, o modelo era aquele.
No plano físico, o trabalho de atendimento aos pacientes encarnados, tivera início.  Agraciado com o contato de minhas companheiras da esfera terrena, me contentei em vê-las em atividade no campo da 4ª dimensão. Estava feliz!
A reunião tivera início, exatamente às 14:00hs. Voltei ao corpo!  Olhei para os lados e identifiquei minhas companheiras de trabalho.  Cada uma ladeando sua mesa de atendimento.
De repente, passei a ouvir vozes longínquas, que não conseguia identificar, porque eram distantes e não as ouvia bem. Além do mais, eu não estava psiquicamente bem.
Aqui, vale à pena dizer que, na reunião anterior, fomos apanhados de surpresa e, incontinenti, afastado de minha mesa de trabalho, sob a alegação de que os mecanismos teriam mudado e que a equipe de médiuns passara a ser somente feminina e que eu iria ficar, somente, doando energias.
De repente, tomei um susto, pois não entendi o porque.  Porem, como sou pessoa educada, aliás, bastante educada, e cristã na acepção íntegra da palavra, nada questionei e permaneci no ambiente e, ainda me dispus, de vir na quinta-feira próxima e na seguinte, etc.
Hoje, novamente, me surpreendi!  A companheira Milla, percebendo que eu continuava impactado com a forma da informação, disse-me delicadamente que eu estava sendo poupado por não me encontrar em boa condição de saúde.
A coordenadora do trabalho, menos atarefada do que na semana anterior, foi mais gentil, ainda.
Tal atitude me encorajou a verbalizar algumas coisas que havia ouvido, não só da médium Milla, como da Tatiana, as quais ratificaram minhas palavras, deixando-me tranquilo com relação à autenticidade das ocorrências.
Quase no final da tarde, assisti à duas intervenções cirúrgicas, mediúnicas, cujos procedimentos foram confirmados integralmente, para minha alegria.
Assim, essa crônica, cuja autenticidade poderá ser confirmada pelas médiuns componentes do grupo que atua na referida sala.
Desculpas por minha precipitação, venho pedir de público!. É que, de fato, guardo, ainda, a pequenez do ressentimento, quando me magoam desconhecendo uma coisa chamada sensibilidade, que possuo e minha produção literária é dela uma prova inconteste.

JANSEN LEIROSs*
Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia  Norte Rio-grandense de Trovas
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN.


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