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01/12/2016

Um acontecimento relacionado à Ilha de Manoel Gonçalves, 1828

Por João Felipe da Trindade
Isso aconteceu na praça de Recife. O anuncio foi feito por meu trisavô, José Martins Ferreira


Convite de Lançamento do Livro: ILHA DE MANOEL GONÇALVES

Este livro será lançando no dia 8 de dezembro de 2016
No Espaço Hipotenusa, Rua Marize Bastier, 207
A partir das 17 horas
Telefone de contato: 84 99982-7116 
e-mail: jfhipotenusa@gmail.com




24/08/2013

Casamento de Ulisses Cavalcanti e Fanny Ferreira Leite


Por João Felipe da Trindade

Aos vinte e cinco de setembro de mil novecentos e quarenta às 7 e ½ horas, nesta Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, depois de feitas as habilitações canônicas e demais formalidades, presentes, dispensados os proclamas pela autoridade diocesana, nos termos da justificação sumária sobre o estado livre e desimpedido dos contraentes, não aparecendo impedimento algum, quer canônico, quer civil, como se vê do processo, que sob o número 17.363, fica arquivado nesta freguesia, por palavras de presente, na forma do ritual romano, em minha presença e na das testemunhas, dr. Francisco Ivo Cavalcanti, advogado, e sua esposa d. Júlia Barbosa Cavalcanti, professora, naturais desta freguesia, onde residem a Av. Rio Branco, 631, Dr. José Ivo Cavalcanti, casado, médico, natural de Natal, e sua esposa d. Josefina Cavalcanti, de profissão doméstica, natural de São Miguel de Jucurutu, e residentes a Av. Rio Branco, 624, desta paróquia, receberam-se em matrimonio tenente Ulisses Cavalcanti e Fanny Ferreira Leite; ele solteiro, militar com 25 anos de idade, nascido nesta freguesia, ao 1º de julho de 1915, batizado a 5 de dezembro do mesmo ano, nesta catedral e residente a R. Otávio Lamartine, filho legitimo de Dr. Francisco Ivo Cavalcanti, casado à 2ª vez, advogado, com 54 anos, natural de Natal, onde reside a Av. rio Branco, 631, e de sua 1ª esposa d. Ercilia (Hercília) de Araújo Cavalcanti, falecida a 13 de março de 1930, à Av. Rio Branco, nº 631, desta Freguesia; ela, solteira, de profissão doméstica, com 24 anos de idade, nascida em Curitiba, capital do Paraná, aos 7 de setembro de 1916, e batizada a 4 de setembro de 1917, e residente nesta cidade, filha legitima de Júlio Ferreira Leite, funcionário público do Estado, com 61 anos, natural do Paraná, e de Aldolfina Luiza Volf Ferreira Leite, de prendas doméstica, com 54 anos, natural de Curitiba, casados civilmente, por ser a mãe da nubente protestante, e residentes na referida Curitiba do Paraná, a nubente passou a assinar-se Fanny Leite Cavalcanti, casou-se civilmente em Curitiba a 6 de julho de mil novecentos e quarenta. E para constar, mandei lavra este termo que assino.

21/08/2013



Djalma Maranhão e Dária Cavalcanti de Sousa
Por João Felipe da Trindade

Uma das figuras ilustres da nossa terra foi Djalma Maranhão. Prefeito de Natal, foi cassado pela o regime militar, instalado em 1964. Vejamos seu casamento.

Aos vinte e quatro dias do mês de janeiro de mil novecentos e quarenta e dois, às 17 horas nesta paróquia de Nossa Senhora da Apresentação de Natal, nesta Igreja Catedral, aí presentes o ministro celebrante Padre Severino Bezerra, pró-vigário da referida paróquia, e das testemunhas por fim deste assinadas, celebrou-se o casamento de Djalma Maranhão, com  vinte e cinco anos de idade, de profissão comerciante, domiciliado em Natal, e residente à av. Deodoro, nº 541, com Dária Cavalcanti de Sousa, com vinte e quatro anos de idade, de profissão doméstica, domiciliada em Natal, e residente à av. Rio Bancos, nº 608. O nubente, solteiro, nasceu em Ceará-Mirim, a 27 de novembro de 1915, e foi batizado a 25 de novembro de 1916, filho de Luiz Maranhão, já falecido, natural de São José de Mipibú, com 54 anos, e de Maria Salomé Maranhão, natural de Ceará-Mirim; a nubente, solteira, nasceu em Natal, a 25 de outubro de 1916, e batizada no mesmo ano, filha de Otacílio Costa Filho, falecido, natural de Sergipe, e de Leopoldina Cavalcanti de Sousa, natural de Natal, profissão doméstica, domiciliada e residente à av. Rio Banco, 608. Foram testemunhas Dr. Custódio Toscano, Dr. Francisco Ivo Cavalcanti e Zelda Cavalcanti. O casamento realizou-se com dispensa de proclamas.

29/05/2013

Genealogia, Matemática e existência

Genealogia, Matemática e existência

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
 
Cada indivíduo, que está na terra, neste momento, tem uma quantidade significativa de ascendentes, que a partir dos seus pais, cresce em progressão geométrica, se desprezarmos os casamentos entre parentes. Os pais são dois, os avós já são quatro, os bisavós, em número de 8, e os trisavós (ou terceiros avós) são 16.  É uma progressão geométrica de razão 2 que começa com dois e  que se expressa, em cada geração de ascendentes, como uma potência de 2. Assim, a quantidade de trisavós, que são dezesseis, é representada por 2 elevado a quarta potência. Quando você chega aos seus nonos avós, eles já são 1024 (2 elevado a 10 potência). Imagine a quantidade de ascendentes, em todo o mundo, se você recuar muitos anos atrás. Você, talvez, prefira que seu sobrenome seja Miranda Henriques, mas com certeza, você tem, através dos seus ascendentes passados, milhares de sobrenomes.

Qualquer que seja o evento acontecido anos atrás, você ou um seu ascendente estava vivo. Assim, quando Buda nasceu, existia em algum lugar do mundo, um ascendente seu, contemporâneo do mestre, que talvez até tenha convivido com ele. Da mesma forma quando Jesus foi crucificado, alguém, que está na sua ascendência, era vivo nesta terra, e talvez estivesse lá, naquela hora.

Em 1706, meus hexavós, João Machado de Miranda e Leonor Duarte de Azevedo, batizavam uma filha em São Gonçalo do Potengi, com o nome de Felizarda. Alguns dos ascendentes desses meus hexavós, podem ter presenciado o massacre de Uruassú, em 1645; Quando invadiram a Ilha de Manoel Gonçalves, em 1818, meu tetravô João Martins Ferreira, estava lá presente.

Acredito, pois, que carregamos dentro de nós, a história da humanidade desde o seu início. Muitas vezes, fico me perguntando se alguns fenômenos que ocorrem com algumas pessoas não são frutos desses conhecimentos que vão passando de geração a geração, através de suas descendências. A holografia revela que a parte contém o todo. Na Matemática descobrimos que um segmento de reta contém a mesma quantidade de pontos que a própria reta. Assim, creio que toda vez que um ser é gerado, traz consigo informações do mundo passado. Nosso DNA pode ser mais valioso do que pensamos!

Li durante muitos anos sobre diversos assuntos, sem nenhum preconceito científico ou de outra natureza. Mesmo como matemático que sou, li sobre astrologia, numerologia, quiromancia, rabdomancia, radiestesia e outras coisa mais. Interessei-me por espiritismo, reencarnação, zen, ioga, psicografia, e múltiplas personalidades. Sempre gostei de biografias, de estudar sobre gênios, escritores, pintores e músicos famosos. 

Muitos gênios falam de suas experiências relatando que alguns escritos, quadros, descobertas ou músicas surgiam como um todo nos seus cérebros. Por que algumas crianças se tornam geniais com poucos anos de vida? Como surge essa genialidade neles?

Quando Chico Xavier psicografava, o que acontecia de verdade dentro do seu cérebro? Quando alguém faz regressão de vidas passadas, que partes do cérebro são ativadas que dão acesso as informação por elas relatadas? Como elas conseguem descrever paisagens, costumes, roupas de uma certa época do passado?
Por que, de repente, uma pessoa, com múltiplas personalidades, acessa dentro de si, um indivíduo que fala inglês, se ela mesma não conhece nada dessa língua? O que de fato acontece lá dentro do seu cérebro que ativa um personagem, aparentemente, inexistente? De onde vêm tais informações ou ações?

O hinduísmo fala em Registos Akáshicos, uma espécie de Biblioteca Virtual, que cada indivíduo possui, onde estão registradas todas as ações pretéritas. Mas, os estudos genealógicos me convencem, a cada dia, que tudo que existia, na época dos nossos ascendentes, vai passando de geração a geração para seus descendentes. Mas, a nossa educação, ao contrário do que devia acontecer, vai podando nossas potencialidades e dificultando nossa capacidade para acessar essas informações. A ciência e a religião, muitas vezes, ao longo do tempo, mutilaram nossas capacidades naturais, tratando com desprezo e preconceitos nossas percepções. 

Acredito, também, que estamos em rede, uns com os outros. Quando alguém sente em uma determinada hora, que um parente ou amigo, que mora distante, faleceu, e depois isso se confirma, temos uma prova da existência dessa rede entre as pessoas. Por que algumas descobertas ocorrem simultaneamente em lugares distantes? Há plágio, sincronicidade, ou essas pessoas entram em rede? Por que gêmeos que foram criados em lugares diferentes tem as mesmas preferências?

A educação seria melhor se estimulasse nossas capacidades inatas. Pegue uma caneta ou um pincel, sem a menor preocupação, e, talvez você escreva uma bela poesia, um bom romance, ou pinte um quadro espetacular, sem precisar pegar carona em gente famosa que já faleceu.
Nossa existência não começou na vida presente. Estamos aqui desde o começo de tudo!