26/03/2015

PALAVRAS DO PRESIDENTE DA CASA DA MEMÓRIA




... Valério Mesquita, foi publicada na edição desta quinta-feira do DOE

IHGRN: 113 ANOS

Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com

O tempo é a dimensão da mudança. O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte é o único bem que ficará após tudo o mais passar. No dia 26 próximo vai completar 113 anos de fundação. Destaco o esforço de todos os colegas diretores. Não posso olvidar deles o exemplo e a dedicação que tiveram em manter a guarda e a segurança de tão valioso patrimônio. Agradecemos a colaboração dos confrades, além da Fundação José Augusto, do Departamento Estadual de Imprensa, da Fercomércio, da Fiern, do Sebrae, Prefeitura do Natal e da Assembleia Legislativa. O prédio foi construído pelo governador Augusto Tavares de Lyra, entre 1905 e 1906, na área nobre e histórica da cidade, vizinho à antiga catedral metropolitana e ao Palácio Potengi erguido por outro conterrâneo, Alberto Maranhão. Tem frentes tanto para a Rua da Conceição como para a Praça André de Albuquerque. É um chão sagrado de antepassados. Bem próximo, está a Praça Padre João Maria, hoje transformada num lastimável camelódromo. Ainda ali perto, o Museu Café Filho, a primeira construção assobradada, ainda do período colonial. E um pouco mais adiante, o sobradão clássico onde funcionou o Tesouro Provincial, hoje Memorial Câmara Cascudo e o Convento Santo Antônio, todos monumentos tombados pelo Patrimônio Histórico. E com importância político-administrativa estão cravados também nesse quadrilátero de ocorrências históricas as sedes atuais dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Venho encarecer a atenção dos atuais governantes para os cuidados que essa contextura patrimonial, histórica, turística, representa para Natal nos dias de hoje, quando a capital será palco de assinalados eventos. Os prédios, as praças, a iluminação pública ao derredor, necessitam de paisagismo compatível como berço da cidade dos Reis Magos. Nesse território emocional e dominó de reminiscências inapagáveis imperam o lixo, a predação, a escuridão, o abandono e a insegurança. Urge, para essa área, um tratamento diferencial e seletivo de ressurreição de ambiente. E o Instituto Histórico, pobre mas altivo, é o capataz dos mistérios circundantes, há cento e treze anos – a completar no dia 29 de março. Ele permanece como guardião do mais importante acervo histórico do estado. Agora, eu indago, deve continuar abandonado? Ele detém a guarda de todas as leis e decretos de governo de 1835 a 1952, documentos de demarcação de terras de 1615 a 1807, sesmarias de 1702 a 1716 e de 1748 a 1754. O livro de Barleus, no qual Gaspar Van Barle descreve os oito anos do governo holandês de Maurício de Nassau, de 1647, bíblias antigas, bibliotecas, mapas geográficos, objetos de museus, versos, manuscritos e registros eclesiásticos, fotografias de personagens da história política, social, cultural, jurídica e religiosa do Rio Grande do Norte de cem a trezentos anos passados desde os períodos: colonial, imperial e republicano. É urgente fazermos a digitalização documental, a climatização da sua sede, após ter sido já concluída a restauração da rede elétrica interna e a recuperação física do imóvel.
Não existe outra maneira de salvar tudo sem o apoio resoluto dos órgãos governamentais, das instituições privadas e da sociedade de modo geral. Esse patrimônio que estamos guardando, protegendo, é público, é da história, é do povo do Rio Grande do Norte. Tornou-se, um imperativo inadiável, a digitalização do seu acervo. Vamos bater a sua porta. Ajude-nos!

(*) Escritor.

HOJE A COMEMORAÇÃO DOS 113 ANOS DA CASA DA MEMÓRIA

DOIS LANÇAMENTOS - DIA 26 DE MARÇO










25/03/2015

JÁ ESTÁ EM NATAL O EMINENTE ORADOR DA SOLENIDADE DE ANIVERSÁRIO DA CASA DA MEMÓRIA

 

Almino Monteiro Álvares Afonso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Almino Monteiro Álvares Affonso (Humaitá, 11 de abril de 1929) é umpolítico brasileiro.
Tal como seu avô, este Almino Affonso é um grande tribuno. Ouvi de Ulysses Guimarães, outro excelente tribuno, ao proferir discurso numa solenidade, em que Almino já discursara, a seguinte frase: "Tem uma coisa que não gosto no Almino Affonso: é falar depois dele."
Bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi o primeiro ministro do Trabalho e Previdência Social no governo de João Goulart, de 24 de janeiro a 18 de junho de 1963, após a retomada do presidencialismo, quando sucedeu Benjamin Eurico Cruz.
Cassado pelo Golpe de Estado de 1964, viveu no exílio por doze anos naIugoslávia, Uruguai, Chile, Peru e Argentina.
Retornando ao Brasil em 1976, foi Secretário dos Negócios Metropolitanos de São Paulo no governo de André Franco Montoro, época em que eclodiu o escândalo Mogigate, quando cassou a permissionária dos transportes São Paulo - Mogi das Cruzes que operava desde 1940, empresa vitima de tentativa de extorsão.
Foi também Vice-Governador do Estado de São Paulo na gestão de Orestes Quércia, tendo exercido o cargo de Governador nos impedimentos e viagens do titular.
Enquanto parlamentar, além de de líder da bancada governista na Câmara dos Deputados, no governo do Presidente João Goulart, Deputado Federal e Conselheiro da República na gestão do Presidente Luis Inácio "Lula" da Silva.
No ano 2000, foi secretário Municipal de Relações Políticas do rápido governo do prefeito paulistano Régis de Oliveira. Foi assessor do Governador de São Paulo, no governo de José Serra, e, posteriormente, Secretario de Estado de São Paulo (Secretario das Relações Institucionais).
É casado com Lygia de Brito Alvares Affonso, pai de Rui, Gláucia, Fábio e do músico Sérgio Britto (da banda Titãs). Possui suas raízes genealógicas fincadas no Estado do Rio Grande do Norte, é neto do ex-Senador Almino Álvares Affonso, o Grande Tribuno da Abolição dos Escravos. Também é advogado. É autor de várias obras, dentre as quais cabe destacar: "Raízes do Golpe", "Parlamentarismo, Governo do Povo" e "Almino Affonso - Tribuno da Abolição".


Em 31 de março de 2014, lançou o livro 1964 na Visão do Ministro do Trabalho de João Goulart, onde reconstitui os principais eventos do período da ditadura militar no Brasil entre 1964 e 1985.

OS FUNDADORES DO IHGRN


Ex-Governadores (sócios fundadores)
ALBERTO MARANHÃO
PEDRO VELHO
 DE ALBUQUERQUE MARANHÃO
JOAQUIM FERREIRA CHAVES
AUGUSTO TAVARES DE LYRA
ANTONIO JOSÉ DE MELLO E SOUZA